Costureira do Palácio das Artes
"Entrei para o Palácio
das Artes em 1985 e já trabalhei em várias produções de balé,
ópera, operetas e teatro. Adoro trabalhar aqui, por ser um ambiente
sadio, de muita amizade e afinidade com o pessoal. Costurar para
teatro exige uma produção muito rápida. Deve estar tudo pronto
com antecedência, porque o pessoal tem que ensaiar. Já a alta
costura é mais demorada, pois a modelagem é mais delicada. A diferença
da costura vai depender da produção. A bailarina, por exemplo,
por ter uma movimentação muito grande, tem que ter todo o figurino
bem reforçado e usar ziper ou colchete, para não correr o risco
de abrir em cena. Já no teatro e na ópera os movimentos são mais
leves.
Por haver trocas
de figurino muito rápidas, exigem o uso de velcro para facilitar.
É muito gratificante quando a gente faz um trabalho, o assiste
no palco e vê que ele está sendo aplaudido e elogiado pela crítica
e pelo público. Profissionalmente, isso aqui é a coisa mais importante
que já aconteceu para mim.
RECADO - Só
tenho a elogiar os produtores e figurinistas, principalmente o
Raul Belém Machado, que é quem desenha e faz todo o figurino e
montagem da Casa. Agradeço a oportunidade de estar aqui e poder
costurar para balé, teatro, ópera e vestimenta de palco."
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