Técnico
do Teatro Francisco Nunes
"Trabalhava como manobrista quando,
em 1979, conheci o Carlos Tadeu, que trabalhava no Palácio das
Artes. Ele me levou para fazer um teste no Teatro Marília como
faxineiro, pela Apatedemg (origem do Sated). Então, fui trabalhar
na faxina e na portaria do Teatro Marília, ficando um bom tempo
dessa forma. Depois, comecei a observar o pessoal trabalhando
no palco, por curiosidade. Até que tive a oportunidade de trabalhar
como auxiliar técnico. Agradeço ao Walmir José e ao Javer Monteiro,
que me deram essa chance.
Quando o Rômulo Avelar
entrou para o Marília, eu já estava exercendo a função de técnico,
além da portaria. Fui aprendendo, operando a luz, o som e sendo
maquinista. Fui só evoluindo. Quando entrou o Cássio Pinheiro,
já exercia somente a função de técnico, junto com o Ângelo Vieira,
Helvécio Isabel, Alexandre Galvão e Túlio Coassi (já falecido).
Trabalhei também com o Rogério Cardoso, Walmor Chagas, Stênio
Garcia, sempre auxiliando na confecção de cenário, montagem ou
operação. Depois de 25 anos no Teatro Marília, há quatro meses,
vim para o Francisco Nunes, pouco antes da Beth Haas sair do Teatro.
É uma nova fase. O trabalho de um cenotécnico e maquinista é lidar
com a parte do cenário. O primeiro na confecção e execução e o
segundo na montagem no palco para a estréia. A operação de luz
e som já é outra coisa e, atualmente, não estou mais trabalhando
nisso. A maioria dos técnicos aprendem na prática, mas hoje tem
o Felício Alves, que está dando alguns cursos de iluminação, maquinária
e confecção de cenário. Amo essa profissão e o relacionamento
com os colegas e os artistas é muito bom. O negócio é que existem
uns que são mais exigentes que outros. Independente disso, a gente
tem que fazer a nossa parte, que é fazer o espetáculo acontecer.
RECADO - Queria
parabenizar toda a equipe técnica em geral e pedir que abram mais
caminhos, porque tem espaço para todos.
PALCO BH - É
muito bom o trabalho que vocês vêm desempenhando. Muito legal.
Gostei. Muito obrigado."
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