Na encenação teatral, é a forma dada ao espaço cênico, ou seja,
o arranjo dado à CENA, através da linguagem visual, pictórica
e arquitetural. O conceito de cenário tem variado de acordo com
a estrutura do PALCO e as convenções do espetáculo de diferentes
épocas. No TEATRO GREGO e no TEATRO ROMANO, por exemplo, o conceito
de cenário era irrelevante, sendo o frontispício da "SKENÉ" a
ambientação permanente para todos os textos. No TEATRO MEDIEVAL,
em função do sistema de palcos móveis, geralmente construídos
sobre carretas, os cenários passaram a ser elaborados de materiais
perecíveis, tais como tecido ou madeira. No TEATRO ELISABETANO
passou a vigorar novamente a idéia do palco como uma estrutura
fixa, ou seja, uma construção de madeira que servia de fundo para
os vários ambientes, estes caracterizados por elementos cênicos
portáteis. Em 1545, é publicado o Tratado de Arquitetura, de Sebastiano
Serlio (1475 - 1554), cujo volume segundo trata da questão da
perspectiva teatral, inclusive com instruções práticas para a
pintura de diferentes tipos de TELÃO. (...)
Fonte: Dicionário de Teatro - Luiz Paulo Vasconcellos
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