JUVENAL BARBOSA
Maquinista do Teatro Francisco Nunes - JAN/2001
"Não tenho prefêrencia por teatro, dança ou música.
Gosto de tudo. A gente se acostuma."
CIBELE GORETE DA SILVA
Gerente Administrativa do Teatro da Cidade - FEV/2001
"Sinto falta da emoção e de algo que faça sacudir
e pegar fogo. Já fui a espetáculos que saí chorando. O teatro
faz isso. O riso é muito mais fácil. Não existem mais ideologias.
As pessoas estão indo em uma onda de não terem mais por que lutar.
(…) Só acho que as pessoas deveriam valorizar mais a prata da
casa. Os artistas que não são de BH são muito mais prestigiados
do que os daqui. Nada contra eles, muito pelo contrário, mas devemos
prestar mais atenção na prata da casa."
CLÁUDIO CASTANHEIRA
Cenotécnico do Centro de Cultura Belo Horizonte - MAR/2001
"Todo técnico que está aí aprendeu foi na escola
da vida mesmo. Eu queria aproveitar o ensejo, para pedir a alguma
entidade que aproveitasse uma verba do FAT (Fundo de Amparo ao
Trabalhador) e montasse um curso sério, fazendo uma pesquisa de
mercado para trazer pessoas interessantes, para que possamos fazer
uma reciclagem."
SILVANA DE AMORIM
Bilheteira do Teatro Marília - ABR/2001
"Se eu saísse do Teatro Marília hoje, eu iria para
outro teatro, porque tomei gosto. Sinto-me a vontade como se fosse
a minha própria casa."
EULER DE SOUZA
Cenotécnico e Iluminador do Teatro Alterosa - MAI/2001
"Realmente, o mineiro é danado. Ele gosta é da coisa
boa e não adianta enganar. Para funcionar a mágica dessa caixinha
preta tem que trabalhar bem. (…) A arte é um universo muito grande
e muitas vezes algumas áreas são desrespeitadas. A área técnica,
por exemplo, não é tão considerada. Tem que dar mais valor a essa
rapaziada que trabalha. Assim, será melhor para todo mundo."
AGNALDO SANTOS (PEQUI)
Operador de Luz do Teatro Sesiminas - JUN/2001
"Agradeço muito às pessoas que encontrei aqui em
BH, por terem me dado a oportunidade de trabalhar em várias firmas
de iluminação, em eventos culturais de grande porte e até mesmo
internacionais."
ORLAN TORRES NASCIMENTO (o SABARÁ)
Técnico de Luz do Teatro Francisco Nunes - JUL/2001
"Belo Horizonte é um celeiro de bons artistas. Todo
mundo no Brasil, que quer fazer um teste na área cultural, vem
para cá, porque o público mineiro é muito exigente. Então, as
pessoas deveriam dar mais valor. Temos ótimos atores, diretores
e técnicos. As pessoas deveriam se informar mais."
ROBERTO EDUARDO DINIZ PONTES
Chefe de Palco do Palácio das Artes - AGO/2001
"Existem momentos felizes, mas também terríveis.
Um deles foi o incêndio no Grande Teatro do Palácio das Artes.
Estava chegando, vi um helicóptero sobrevoando o teatro e pensei
que era o Fórum das Américas ou alguém checando alguma coisa.
Quando cheguei no portão, me falaram para correr porque o fogo
estava atingindo o Teatro. Em 40 minutos o Teatro se acabou."
SÉRGIO OLIVEIRA SOUZA
Técnico do Teatro Dom Silvério - SET/2001
"Acho que deveria haver um curso para o pessoal
que está começando agora e até mesmo para mim, que já estou com
quase vinte anos de carreira. O teatro é um negócio que a gente
nunca sabe tudo. Cada espetáculo traz uma coisa diferente. Então
a gente está sempre aprendendo."
LEVINDO GONÇALVES PINHO
Porteiro do Teatro Marília - OUT/2001
"Embora tenham muitas coisas complicadas no meio,
dá para superar tudinho. Algumas pessoas vêm para o teatro e trazem
do mundo lá fora a cabeça cheia de problemas. Vêm para descançar,
mas, muitas vezes, na hora da fila, ficam nervosas e acham o porteiro
para desabafar um pouco. Eu, que não tenho nada a ver com o peixe,
nessas horas, acabo levando alguma coisinha."
MARCO TÚLIO F. MAGALHÃES
Chefe de palco do Teatro Klauss Vianna - NOV/2001
"Eu gostaria muito que o público viesse mais ao
teatro. Fico muito chateado quando vejo uma platéia vazia. É muito
ruim."