Bilheteiro
do Teatro Francisco Nunes
Faz
12 anos que trabalho no Teatro Francisco Nunes. Antes trabalhava
na Secretaria Municipal de Indústria e Comércio, depois fiquei
um tempo na área da saúde e aí vim para cá, já na função de bilheteiro,
sem nunca ter trabalhado com isso antes. Não sabia nada e, inclusive,
pensei até em não trabalhar nisso, porque ficava com medo de mexer
com dinheiro. Aí, a Eliane Maris (diretora do Teatro na ocasião)
foi me convencendo, dizendo que iria aprender aos poucos e só
assumiria o cargo de verdade quando estivesse seguro. Uns três
meses depois, ela me deu a chave da bilheteria. No começo, fiquei
muito nervoso e, até pegar definitivamente a função, ficava na
Portaria nos finais de semana. Hoje, lido naturalmente com o dinheiro
e gosto do que faço. É muito bom mexer com o público de teatro.
A maioria é muito educada, gente honesta e raramente dá algum
problema. A minha função aqui é vender ingressos, recolher o dinheiro,
acertar o borderô com a produção do espetáculo, com a SBAT (Sociedade
Brasileira de Autores Teatrais), o ECAD e a Prefeitura. É isso
que faço.
RECADO - Gosto muito daqui.
Só gostaria que fosse mais informatizado. Seria muito bom ter
um computador para modernizar isso aqui. O Carlão (Carlos Rocha
- Diretor do Teatro) é 100% e ajuda a gente demais. O Roberto
também é muito gente boa. Não é porque eu trabalho hoje para eles
não, pois mesmo daqui a 10 anos vou falar a mesma coisa: é a melhor
direção que já tive.
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