EULER DE SOUZA

            Cenotécnico e Iluminador do Teatro Alterosa

"Tudo começou quando conheci o Mário Vale e o Marcelo Xavier da Oficina Mágica, que me levaram para fazer o cenário do "Arrumação", o primeiro cenário do Saulo Laranjeira. Eu era maquetista, anteriormente, e foi a glória para mim ir parar no teatro. Entrei nesse meio e, entre uma montagem e outra, fui brincando e aprendendo muita coisa com eles. Devagarzinho, fiquei na área. Fazia algumas coisas com o Sesc, como a Rua de Lazer em um projeto de ação social, quando acabei sendo chamado para trabalhar no Teatro Francisco Nunes.

 



Tudo que gosto de fazer está no teatro e me satisfaz muito, porque tem muita arte envolvida e eu tenho sede de arte. Adoro mesmo, além de conhecer muitas pessoas e talentos fantásticos. Trabalhei no Chico Nunes por 8 anos e vim para o Teatro Alterosa como fotógrafo e assistente de produção do "Arrumação". Hoje, a minha área é iluminação, mas o mercado exige que o técnico tenha que fazer de tudo. Então, monto cenário e acho até gostoso, porque a gente participa da montagem por completo."

TEATRO MINEIRO - "Hoje está fantástico. Acho que depois do FIT (Festival Internacional de Teatro), houve um "boom" e o teatro mineiro cresceu muito. Tanto em relação à técnica e às produções, quanto pela coragem de fazer e dar chance para pessoas novas aparecerem. Tem muita gente boa, muitas casas novas e muita concorrência também. Realmente, o mineiro é danado. Ele gosta é da coisa boa e não adianta enganar. Para funcionar a mágica dessa caixinha preta tem que trabalhar bem. Já a minha área é muito carente, mas as pessoas, de alguma forma, vão atrás daquilo que elas querem buscar. A arte é um universo muito grande e muitas vezes algumas áreas são desrespeitadas. A área técnica, por exemplo, não é tão considerada. Tem que dar mais valor a essa rapaziada que trabalha. Assim, será melhor para todo mundo."

Camarim
Entrevista