Chefe de palco do Teatro Klauss Vianna
"Quando eu comecei, trabalhava mais na área de som. Depois vim
trabalhar com teatro na sonorização e depois na iluminação. Vim
do Rio de Janeiro e trabalhei em vários espetáculos por lá, não
como técnico do teatro, mas como freelancer nas produções. Estou
aqui no Teatro Klauss Vianna desde 1996. Minha irmã, a Mona Magalhães,
fazia a peça "A Falsa Criada" aqui, quando surgiu uma vaga na
área de iluminação. Na primeira vez que entrei para trabalhar
aqui no teatro, comecei abrindo cortina. Logo em seguida, comecei
a praticar a função de iluminador. Nessa época, o teatro pertencia
à Fundação Clóvis Salgado, que o entregou a Telemar. Ela formou
uma equipe e, como eu era um dos mais antigos funcionários, fui
colocado como chefe de palco. Na verdade, a Telemar hoje terceiriza
esta área. A empresa é minha e os outros técnicos são meus funcionários.
Mas minha função mesmo é a de chefe de palco. Tenho que orientar
os técnicos no trabalho, na montagem, na abertura de cenas e na
definição de horários. É uma função bastante extensa.
MERCADO - Hoje
em dia, para achar pessoas capacitadas é muito difícil. Não existe
um curso aqui para que a gente possa procurar um sonoplasta, um
operador de luz ou de som. Há cursos livres, mas só em São Paulo.
Acho que no Palácio das Artes tem, mas não conheço. Normalmente,
quando falta uma pessoa, é mais fácil colocar quem está no início,
para ir aprendendo na prática. Mas é muito difícil, mesmo porque
a Telemar exige que o profissional seja filiado ao SATED.
RECADO - Eu
gostaria muito que o público viesse mais ao teatro. Fico muito
chateado quando vejo uma platéia vazia. É muito ruim."
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