Técnico do Teatro Francisco
Nunes
"Trabalhava como cozinheiro e comecei
nessa área técnica junto com o Wladimir Medeiros (técnico do Grupo
Galpão e hoje meu cunhado), fazendo estágio no Teatro da Praça.
Até que fui efetivado em meados de 1996, na época do Wilson de
Oliveira na direção do Teatro. Depois, o teatro fechou e comecei
a trabalhar com a Cia. Sonho e Drama, da Cida Falabella. Trabalhei
também no Teatro Izabella Hendrix, no Teatro de Nova Lima e hoje
estou no Teatro Francisco Nunes, há um ano. Já tem 8 anos que
estou na profissão. Acho que a função de um técnico é estar iluminando,
é lógico, mas não estar sendo só iluminador.
Tem que estar executando
todas as funções de técnica em geral: afinação de perna, de luz,
gravando, operando e tudo mais. Eu gosto muito dessa área e acho
que não saio mais. A relação com os artistas é a melhor possível,
pelo menos tento ter uma boa relação com todos e, talvez, seja
por isso que trabalho com vários grupos. Quero ressaltar a convivência
com a Cida Falabella, pois, se não fosse ela, eu não teria continuado.
O Teatro da Praça fechou no final de 96 e ela me aceitou na Sonho
e Drama sem eu ter experiência nenhuma, exatamente na época que
o Wladimir estava indo para o Galpão. Então, assumi a técnica
da Cia., agora como Z.A.P. 18, com quem estou até hoje. Além do
Chico Nunes e a Z.A.P. 18, trabalho com o Grupo Trama, a Cia.
Burlantins e as meninas do balé: Luciana Gontijo, Margô de Assis
e Tembi Rosa. Aprendi tudo na prática, mas com as pessoas certas.
RECADO
- Quero dar um conselho para quem está começando ou até quem
está na área: fazer sempre o melhor possível. Fazendo o melhor,
a gente se torna melhor, mas nunca deve se achar o melhor. Isso
eu escutei do Jorginho de Carvalho, um puta iluminador, e passo
para frente.
PALCO BH - É uma ótima idéia. Acho que funciona muito e
é hoje a informação do teatro, porque a imprensa é um pouco fechada
para isso. O Palco BH é o que informa as pessoas. Não pode parar."
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