RICARDO DA MATA

Técnico do Teatro Francisco Nunes

"Trabalhava como cozinheiro e comecei nessa área técnica junto com o Wladimir Medeiros (técnico do Grupo Galpão e hoje meu cunhado), fazendo estágio no Teatro da Praça. Até que fui efetivado em meados de 1996, na época do Wilson de Oliveira na direção do Teatro. Depois, o teatro fechou e comecei a trabalhar com a Cia. Sonho e Drama, da Cida Falabella. Trabalhei também no Teatro Izabella Hendrix, no Teatro de Nova Lima e hoje estou no Teatro Francisco Nunes, há um ano. Já tem 8 anos que estou na profissão. Acho que a função de um técnico é estar iluminando, é lógico, mas não estar sendo só iluminador.

 

Tem que estar executando todas as funções de técnica em geral: afinação de perna, de luz, gravando, operando e tudo mais. Eu gosto muito dessa área e acho que não saio mais. A relação com os artistas é a melhor possível, pelo menos tento ter uma boa relação com todos e, talvez, seja por isso que trabalho com vários grupos. Quero ressaltar a convivência com a Cida Falabella, pois, se não fosse ela, eu não teria continuado. O Teatro da Praça fechou no final de 96 e ela me aceitou na Sonho e Drama sem eu ter experiência nenhuma, exatamente na época que o Wladimir estava indo para o Galpão. Então, assumi a técnica da Cia., agora como Z.A.P. 18, com quem estou até hoje. Além do Chico Nunes e a Z.A.P. 18, trabalho com o Grupo Trama, a Cia. Burlantins e as meninas do balé: Luciana Gontijo, Margô de Assis e Tembi Rosa. Aprendi tudo na prática, mas com as pessoas certas.

RECADO - Quero dar um conselho para quem está começando ou até quem está na área: fazer sempre o melhor possível. Fazendo o melhor, a gente se torna melhor, mas nunca deve se achar o melhor. Isso eu escutei do Jorginho de Carvalho, um puta iluminador, e passo para frente.

PALCO BH - É uma ótima idéia. Acho que funciona muito e é hoje a informação do teatro, porque a imprensa é um pouco fechada para isso. O Palco BH é o que informa as pessoas. Não pode parar."

Coxia
Entrevista